sexta-feira, 13 de outubro de 2017



Castelo de Marvão [conjunto urbano dentro das Muralhas] - Marvão (Portugal).


Marvão deve o seu nome a Ibn Marwan, figura do Islão peninsular que, pelos anos finais do século IX, aqui se fortificou em discórdia face ao califa. É precisamente desse período que data a primeira referência ao povoado, constante da crónica de al-Rázi, escrita já no século X mas que conserva parcelas dedicadas aos tempos imediatamente anteriores. Aí se menciona que o Monte é conhecido como Amaia de Ibn Maruán, por oposição a outra Amaia, a das ruínas (SIDARUS, 1991, p.13), que deve ser a cidade romana com o mesmo nome, localizada no sopé do monte. Esta referência, que parece corresponder aos anos de 876-877, permite concluir que, já nessa altura, Marvão era um povoado de relevância militar, uma vez que, em outras ocasiões, Ibn Marwan ameaçou retirar-se para o Monte, numa afirmação de revolta militar contra Córdova (IDEM, p.16).
Desconhecemos a marcha da história da localidade nos séculos seguintes, mas é de admitir que tenha perdido importância, dadas as condições de relativa paz no seio do Islão peninsular que, mesmo com o advento das taifas, manteve uma certa homogeneidade nesta zona, polarizada em torno de Badajoz. Saúl GOMES, 1996, p.341, nota 74, admite que aqui se tenha implantado uma importante comunidade moçárabe mas, até ao momento, não existem suficientes provas que confirmem essa hipótese. Só no século XII voltamos a encontrar menções à localidade, numa altura de renovada importância estratégica enquanto ponto militar (BARROCA, 2000, p.1265), entre o avanço do reino cristão de Portugal, a resistência das tropas islâmicas e a proximidade para com Castela. Ainda assim, não se sabe ao certo quando terá sido conquistada, variando os autores entre as datas de 1160 e 1166 (COELHO, 1924, p.73).
O século XIII é mais fértil em informações e delas podemos concluir que, em 1214, pertencia à coroa nacional, aparecendo mencionada na demarcação do termo de Castelo Branco (PERES, 1969, p.281). Em 1226, terá recebido foral das mãos de D. Sancho II, não obstante alguns autores pensarem que o esforço de povoamento (na dependência das exigências militares ditadas pela proximidade da fronteira com Castela) possa recuar ao reinado de D. Afonso II (MARQUES, 1996, p.41). Finalmente, em 1271, D. Afonso III doou a vila a seu filho, D. Afonso Sanches, nobre que constituiu um verdadeiro senhorio fronteiriço na região e que chegou a fortificar-se contra seu meio-irmão, D. Dinis.
Só a partir da recuperação da posse da vila pelo monarca, ocorrida em 1299, se pensa que se iniciou a construção do actual castelo. O facto de encontramos aqui algumas características plenamente góticas parece vir em favor desta hipótese. Do recinto fazem parte dois níveis claramente diferenciados. O primeiro, mais pequeno e no extremo oposto ao da povoação, corresponde ao castelo propriamente dito, com uma entrada em cotovelo protegida directamente pela poderosa e quadrangular torre de menagem, que assim se associa à defesa activa do reduto, apesar da sua escassa altura, (dispondo apenas de dois pisos). Neste nível superior, existe ainda a porta da traição, também protegida por pequeno torreão, e uma cisterna, que SIDARUS, 1991, pp.22-23 admite poder ser ainda islâmica. O recinto inferior é bem mais vasto e possui um amplo espaço para aquartelamento e movimentação de tropas. Aqui, o elemento mais significativo é o complexo sistema de entrada, com tripla porta protegida por outros tantos adarves e por várias torres.
O sistema medieval da fortaleza manteve-se genericamente até ao século XVII, altura em que Marvão viu reforçada a sua importância no quadro das Guerras da Restauração. Sob o impulso do abade D. João Dama, reformulou-se parcialmente o dispositivo, com baluartes estrelados a proteger as principais portas e o extremo da fortaleza. Nessa altura, porém, Marvão possuía apenas 400 habitantes e a relevância da vila não se podia já comparar a Castelo de Vide, onde se concentraram os principais esforços de defesa contra Espanha.
[Fonte: PAF -DGPC, IP].



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Pateira de Fermentelos - Águeda (Portugal).


A Pateira, comummente designada como Pateira de Fermentelos, destaca-se naquele que é o contexto natural regional, nacional e mesmo internacional. Aquela que é a “maior lagoa natural da Península Ibérica” assume grande importância para o equilíbrio dos sistemas naturais da zona, pelo que representa para as populações locais, num contexto natural, socio-económico e turístico, mas também pela importância que assume a nível nacional e internacional, como área sensível e importante zona húmida da REDE NATURA 2000.
É nesta área, bem como nos habitats e ecossistemas associados, que subsistem várias espécies com estatutos de protecção a nível nacional e internacional. Apesar de nos últimos anos ter sido alvo de diversos problemas de cariz ambiental, a Pateira está actualmente em fase de requalificação ambiental e paisagística. 



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Praias com falésias e grutas - Barlavento, Algarve (Portugal).


A zona no Barlavento da orla costeira algarvia é constituída por imponentes falésias e vários algares (abismo natural formado pela acção das águas), por debaixo dos quais existem complexas redes de galerias subterrâneas.
Um bom exemplo deste género de formação é o Algar do Padre Vicente, perto do Carvoeiro, uma enorme cavidade em comunicação com o mar que amplia de forma impressionante o som proferido pelos movimentos das marés.
Em frente a muitas destas arribas, erguem-se de dentro do mar grupos de rochas - os leixões – onde vivem gaivotas e outras aves marinhas como o falcão peregrino e o francelho, espécies residentes nesta zona.
É precisamente entre estas falésias que surgem pequenos, mas aprazíveis vales. São conchas de areia rodeadas pelo ocre de arribas e promontórios onde sobrevivem arbustos e outras plantas selvagens, cujo cheiro se mistura com a maresia.
Algumas destas praias têm ligação entre si através de túneis talhados nos rochedos, como acontece nas praias da Solaria, da Batata, dos Estudantes, dos Três Irmãos e do Alvor.
Umas são recantos tranquilos, pouco frequentados, como é o caso das praias do Camilo, do Canavial, Porto de Mós, João de Arens. Outras são bastante animadas e concorridas, como por exemplo a praia de Dona Ana e a Praia da Rocha. Outras ainda ficam situadas em zonas da falésia constituídas por argilas a que se atribui propriedades medicinais, como acontece com a Praia do Vau.
Uma ampla escolha capaz de satisfazer os amantes de praia que não dispensam as paisagens imponentes.
[Fonte: Turismo do Algarve].



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Praia do Ancão [Ria Formosa] - Loulé, Algarve (Portugal).


A praia situa-se no extremo poente do sistema lagunar da Ria Formosa, já em área de Parque Natural. Apesar de não ser ainda visível espelho de água, são notórias as áreas alagadiças que se encharcam na maré-cheia, cobertas pela típica vegetação de sapal. Para trás fica o bosque de pinheiro manso e sobreiro que coroa as arribas baixas de cores rubras, onde se avistam frequentemente coelhos e as inconfundíveis pegas-azuis. Transposto o sapal abre-se ao visitante uma larga extensão de campos dunares, repleto de plantas aromáticas como o tomilho-carnudo e a perpétua-das-areias. Já na linha das cristas dunares, na frente de mar, é obrigatório apreciar o vistoso narciso-das-areias, a delicada couve-do-mar e o típico cravo-das-areias, que salpicam a duna de branco e cor-de-rosa. Os apoios-de-praia existentes, bem integrados na paisagem, permitem petiscar e simultaneamente contemplar o mar.
[Fonte: Turismo do Algarve].



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Praia da Marinha – Lagoa, Algarve (Portugal).


A Praia da Marinha é uma das mais bonitas e emblemáticas praias de Portugal, considerada, ainda, como uma das 10 mais belas praias da Europa e uma das 100 mais belas praias do Mundo pelo Guia Michelin, tendo chegado inclusivé a ser distinguida com o galardão "Praia Dourada" pelo Ministério do Ambiente, em 1998, devido aos seus valores naturais singulares. Além dessa honrosa distinção, passou ainda a ser a imagem promocional do 'Guia de Portugal' distribuído por todo o mundo.
Esta praia situada no sítio da Caramujeira, em plena zona costeira do concelho de Lagoa, no Algarve, tornou-se bastante conhecida não só pelas suas belas falésias, como ainda pela alta qualidade da água que permite vislumbrar o fundo marinho com uma visibilidade única. A Praia da Marinha tem sido muito utilizada pelas agências de publicidade internacionais e pelas estações de televisão para a gravação de anúncios.



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Casa do Ferreira das Tabuletas [Largo Rafael Bordalo Pinheiro (ao Chiado)] - Lisboa (Portugal).


Construída nos terrenos do extinto Convento da Santíssima Trindade, a Casa do Ferreira das Tabuletas integra um dos mais originais programas decorativos exteriores da arquitectura lisboeta.
Na realidade, foi Manuel Moreira Garcia, dono da Cervejaria da Trindade, galego maçon e capitalista, quem mandou edificar este edifício cerca de 1864, num dos lotes de terreno pertencente à casa conventual dos Trinos, que haviam sido vendidos em hasta pública após a extinção das ordens religiosas em 1834.
Depois da construção, o proprietário contratou o pintor e azulejador Luís Ferreira, o Ferreira das Tabuletas, para decorar a fachada do prédio e também o interior da cervejaria, instalada no edifício contíguo. Este programa decorativo compõe-se como um esquema cenográfico, que dá uma dimensão de profundidade e riqueza cromática ao edifício.
O prédio, de feição pombalina, apresenta a fachada dividida em três panos e quatro registos, e a composição azulejar preenche o espaço dos três pisos superiores por completo, integrando-se perfeitamente na estrutura arquitectónica.
O programa decorativo congrega os símbolos maçónicos, ligados aos ideais do proprietário, com diversas alegorias. Entre as janelas rasgadas na fachada - três em cada piso, dispostas a espaços regulares - foram pintados nichos com figuras humanas de gosto clássico, representando a Terra, a Água, a Indústria, o Comércio, a Agricultura e a Ciência. Nos extremos da fachada, em eixo, dispõem-se medalhões circulares com cabeças de leão, sendo este o símbolo heráldico de Moreira Garcia. No frontão da fachada foi colocado, ao centro, o Olho da Providência, envolto por cornucópias, frutos e enrolamentos de acanto. O espaço interior da casa segue a tipologia pombalina.
Catarina Oliveira
[Fonte: DIDA/IGESPAR, I.P.].



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Montanha do Pico - Ilha do Pico, Açores (Portugal).


A Montanha do Pico é um estratovulcão que, com 2351 m de altitude, constitui a mais alta montanha de Portugal. Fica na ilha do Pico, nos Açores. A sua altitude é mais do dobro da de qualquer outra montanha dos Açores. É também o ponto mais alto da dorsal meso-atlântica, embora existam pontos mais altos em ilhas atlânticas, mas fora da dorsal. Medido a partir da zona abissal contígua, o edifício vulcânico tem quase 5000 m de altura, quase metade submersa sob as águas do oceano Atlântico.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



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Varanda - Cascais (Portugal).


Reputada pela sua esplêndida praia de areia branca, pelas inúmeras lojas e encantadoras ruas de comércio e pelo seu cosmopolitismo, a vila piscatória de Cascais reinventou-se e tornou-se uma refinada estância à beira-mar e um dos destinos mais sofisticados da área de Lisboa.
A cidade, situada a poucos quilómetros da foz do Tejo, encontra-se aninhada entre a soalheira baía de Cascais e a majestosa Serra de Sintra. Exibe uma atmosfera deliciosamente marítima e requintada, atraindo visitantes durante o ano inteiro.
Cascais foi outrora um elegante retiro de Verão da monarquia portuguesa durante o século XIX e um porto de abrigo da realeza europeia durante a Segunda Guerra Mundial graças ao estatuto neutral do país. Com o passar dos tempos, esta atmosfera peculiar modificou-se e a cidade transformou-se num refinado pólo de cultura, com uma vibrante vida nocturna e uma qualidade de vida invejável. Porém, o esplendor e os ícones do seu apogeu marítimo mantiveram-se até aos nossos dias, através dos elegantes faróis, fortalezas e a Cidadela do século XVII.
O Largo de Camões assinala o centro histórico de Cascais e é uma das zonas favoritas dos habitantes locais e dos turistas. O seu ambiente animado, criado pelos inúmeros bares e restaurantes, transforma a praça num local encantador e incontornável da cidade – um lugar especial para sair à noite! Se estiver por perto, percorra a Rua Direita, a principal rua de comércio da cidade, onde encontrará bonitas lojas e vendedores de rua. Aqui perto há também pequenos centros comerciais, e as famosas feiras de Cascais são excelentes oportunidades para adquirir peças de artesanato e boas pechinchas.
Ao sair do centro em direcção à costa poderá ter a sorte de ver os pescadores a coserem as redes mesmo ao lado dos seus barcos coloridos, na Praia dos Pescadores. Em contraste com esta cena quase bucólica fica a vizinha Marina –um cenário moderno e sofisticado, onde poderá apreciar os iates de luxo, degustar delícias gastronómicas em restaurantes requintados ou entrar nas boutiques e bares da zona. Cascais é também um pólo de atracção para os noctívagos e oferece um leque alargado de opções, desde cocktail lounges a acolhedores bares de jazz e discotecas da moda.



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Palácio Real do Buçaco [Mata do Buçaco] - Luso, Mealhada (Portugal).


O Palácio Real localiza-se na Mata Nacional do Buçaco, freguesia do Luso, concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, em Portugal.
Considerado como o último legado dos reis de Portugal constitui-se em um conjunto arquitectónico, botânico e paisagístico único na Europa, onde está instalado atualmente o Palace Hotel do Bussaco, categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo.
O edifício foi projetado no último quartel do século XIX pelo arquiteto italiano Luigi Manini, cenógrafo do Teatro Nacional de São Carlos. Contou ainda com intervenções, em diferentes fases, dos arquitetos Nicola Bigaglia, Manuel Joaquim Norte Júnior e José Alexandre Soares.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



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Ponte da Parada [Rio Ave] - Vieira do Minho (Portugal).


Uma paisagem de rara beleza enquadra a aldeia de Agra. Localizada na freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, fica no sopé da serra da Cabreira e é banhada pelo rio Ave.
Percorra sem pressas este aglomerado de casas, caminhando pelas suas ruas calcetadas em granito, e deixe-se surpreender pelos apontamentos religiosos que vão surgindo aqui e ali, como as alminhas, os cruzeiros, e a própria Capela de São Lourenço, que outrora mataram a sede à alma da população. Para matar a sede do corpo, por toda a aldeia se encontram também fontanários e bebedouros.
Além da bonita paisagem natural, que alia ao ambiente serrano uma configuração recortada pelos pequenos terrenos agrícolas cultivados e divididos por muros e sebes, herança do passado agrícola, a aldeia é pontuada por diversos locais de interesse que não deve deixar de conhecer. O percurso pedestre que descobre os Moinhos do Ave ou a interessante Ponte Romana são visitas obrigatórias!



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Igreja da Nossa Senhora do Amparo - Válega, Ovar (Portugal).


A Igreja Paroquial de Válega, também referida como Igreja de Nossa Senhora do Amparo, localiza-se na freguesia de Válega, concelho de Ovar, distrito de Aveiro, em Portugal.
O padroado da igreja de Válega pertenceu até 1150 a particulares. Desde essa data e até 1288 pertenceu ao Mosteiro de São Pedro de Ferreira após o que, e até 1583, passou a pertencer ao bispo e ao cabido da Sé do Porto. Posteriormente ficou em exclusivo ao cabido que o manteve até 1833.
O templo terá sido fundada primitivamente no lugar do Seixo Branco, onde não restam vestígios, passando em época não posterior ao século XV para o lugar da Espinha, no local hoje designado por Adro Velho.
Em meados do século XVIII a sua implantação veio a localizar-se onde se encontra atualmente, tendo as obras se iniciada em 1746, e vindo a consumir mais de um século.
No século XX, entre 1923 e 1958, realizaram-se trabalhos de conservação por iniciativa J. O. Lopes e sua esposa, M. J. O. Lopes, em que se destacou a construção do atual teto de caixotões de madeira exótica. Data desse período ainda, em 1942, a colocação do painel de azulejos figurando a Senhora do Amparo, no topo externo da capela-mor, assinados pelo atelier de Jorge Colaço e executados pela Fábrica Lusitânia, em Lisboa.
Entre 1959 e 1960 teve lugar a campanha patrocinada por António Maria Augusto da Silva, comendador da Ordem de Benemerência, que compreendeu o revestimento por placas de mármore das paredes interiores da capela-mor, do sub-coro e dos lambris gerais, o revestimento na fachada principal nas paredes interiores da nave e na parte superior do arco triunfal, com azulejos polícromos figurados da Fábrica Aleluia, de Aveiro, e os vitrais das janelas assinados por S. Cuadrado, de Madrid.
Finalmente, em 1975 teve lugar o revestimento dos alçados laterais e posterior com azulejos da Fábrica Aleluia, desenhados pelo arquiteto Januário Godinho.
O templo não se encontra classificado.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



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Igreja Matriz de Piódão – Piódão, Arganil (Portugal).


A aldeia de Piódão, situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto, tecto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas de azul. O aspecto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas, fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”. Os habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura (milho, batata, feijão, vinha), à criação de gado (ovelhas e cabras) e em alguns casos à apicultura.
A Igreja Matriz do Piódão, situada na praça principal, é o elemento que mais se destaca do cinzento da aldeia, pintada de azul e branco. Datada do século XVII, a sua fachada foi reconstruída no século XIX ao estilo neoclássico.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



Foto de MarioM.



Praça do Comércio ["Tree Parade"] - Lisboa (Portugal).


A Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36000 m² (180m x 200m). É o centro da cidade de Lisboa, bem como a sua principal praça.
Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal. O Complexo Ministerial com arcadas que circunda a praça, albergam parte dos departamentos dos Ministérios do Governo Português e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa.
Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo.
No centro da praça, vê-se a estátua equestre de D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma patina verde. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento até à década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



+Foto de autor não identificado+



Caravela Vera Cruz - Porto de Pipas, Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores (Portugal).


A caravela foi uma embarcação inventada e usada pelos Portugueses durante o período dos Descobrimentos nos séculos XV e XVI.
A caravela portuguesa era uma embarcação rápida, de fácil manobra, apta para a bolina, de proporções modestas e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. As caravelas eram embarcações de fraco calado que podiam facilmente subir os rios da costa africana.
Foi numa Caravela que Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, em 1488.
A Caravela Vera Cruz é uma réplica exacta das antigas caravelas portuguesas.
Foi construída no ano 2000 no estaleiro naval de Vila do Conde no âmbito da comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Destina-se a possibilitar o treino de vela e experiências de mar, sobretudo a jovens, a participar em provas e outros eventos náuticos, à investigação do comportamento e manobra das antigas caravelas e à realização de visitas de estudo com escolas em Lisboa e outros portos nacionais.
A caravela Vera Cruz é tripulada pelos sócios da Aporvela que se voluntariam em viagens de treino de mar e vela, sobretudo direccionadas para os jovens.
[Fonte: Aporvela].



Foto de José Luís Ávila Silveira/Pedro Noronha e Costa



Igreja do Carmo [ruínas] - Lisboa (Portugal).


Mandado construír em 1389 pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira, este edifício sofreu diversas campanhas, que lhe foram alterando a feição inicial. De entre elas, destacam-se as realizadas durante o pós-terramoto de 1755, apesar de não terem observado a necessidade de cobrir as naves, o cruzeiro e o transepto da igreja, quer devido à ausência dos meios necessários ao seu restauro e/ou adaptação, como de uma certa postura assumida no âmbito da teoria de conservação e restauro mantida pelos nossos mais destacados intelectuais desde, pelo menos, o 1.º quartel de oitocentos.
De planta de cruz latina, constituída por três naves de cinco tramos, transepto saliente e cabeceira escalonada com a capela-mor ladeada por quatro absidíolos de diferentes dimensões - quer em largura, como em profundidade -, o seu frontespício encontra-se dividido em três panos, terminando em empena os laterais, rasgando-se por um amplo vão rectangular.
Contrafortado com portal de arco com seis arquivoltas sobre colunas de capitéis vegetalistas, e inscrito em alfiz, o seu corpo central termina com uma rosácea truncada. Interiormente, as suas naves encontram-se apartadas por intermédio de pilares cruciformes, de capitéis vegetalistas e arcos quebrados, sendo que as naves laterais possuem, cada uma, quatro capelas, de arco igualmente quebrado, e emolduradas por colunas segmentadas, coroadas por janelas de vão curvo, no intervalo das quais encontramos mísulas de arranque das abóbadas.
Desde 1864 que serve, simultaneamente, de sede da Associação dos Arqueólogos Portugueses e de espaço museológico - Museu Arqueológico do Carmo (MAC), também ele pertença desta sociedade secular.
[Fonte: AMartins - DGPC].



Foto de Bert Kaufmann.



Praia de Albufeira - Albufeira, Algarve (Portugal).


Localizada no centro do Algarve, na região mais a sul de Portugal, Albufeira é sede de concelho e pertence ao Distrito Administrativo de Faro de que dista 39Km. Com uma área de 14.800 ha e uma população a rondar os 40 mil habitantes está dividida em cinco freguesias: Albufeira, Ferreiras, Guia, Olhos d'Água e Paderne. A costa é de arribas recortada por praias de clima marcadamente mediterrânico: Verões quentes e secos e Invernos amenos, com uma pluviosidade reduzida, sobretudo entre os meses de Outubro a Março e com uma temperatura média anual a rondar os 17,5ºC. Uma das principais regiões turísticas do país, Albufeira quase que dispensa apresentação. O Turismo é a mais importante actividade do concelho de Albufeira. Nos anos 60 iniciou-se uma verdadeira expansão económica no Município. Com a chegada do turismo internacional, Albufeira passou a fazer parte dos principais roteiros turísticos. Actualmente Albufeira é, sem margem de dúvida, um dos principais centros turísticos do país. Geograficamente, a região dispõe de uma costa de 30 km distribuídos 23 praias de areia fina e a água cristalina. A zona é a nível nacional, uma das de maior concentração de bandeiras azuis (símbolo europeu da qualidade das praias). Paralelamente ao turismo, foram criados outros serviços. A restauração e os bares expandiram-se um pouco por todo o concelho. A animação nocturna é das mais badaladas em todo o Algarve.


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Claustros do Mosteiro dos Jerónimos – Lisboa (Portugal).


Destinado essencialmente ao isolamento da comunidade monástica, era um local aprazível e sereno que permitia a oração, a meditação e o recreio dos monges da Ordem de S. Jerónimo.
Projectado por Diogo de Boitaca, que iniciou os trabalhos no começo do século XVI, foi continuado por João de Castilho a partir de 1517 e concluído por Diogo de Torralva entre 1540 e 1541. Pelo seu valor e simbologia, o claustro do Mosteiro dos Jerónimos representa um dos monumentos mais significativos da arquitectura manuelina. De duplo piso abobadado e planta quadrangular, apresenta na sua decoração a originalidade deste estilo, ao conjugar símbolos religiosos (elementos da Paixão de Cristo, entre outros), régios (cruz da Ordem Militar de Cristo, esfera armilar, escudo régio) e elementos naturalistas (cordas e motivos vegetalistas que coabitam com um imaginário ainda medieval, de animais fantásticos).
Na ala norte do claustro inferior encontra-se o túmulo de Fernando Pessoa, da autoria de Lagoa Henriques, executado em 1985.
[Fonte: Mosteiro dos Jerónimos].



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Castelo de Óbidos - Óbidos (Portugal).


Há uma relação de afectividade neo-romântica para quem visita a vila de Óbidos. Serão poucos os casos no país onde a busca deliberada de um ideal cenográfico de Idade Média foi tão efectivo, razão da aparente atemporalidade das ruas do conjunto intra-muralhas, que, na sua sinuosidade, nas suas fachadas brancas e no vislumbre das inventadas ameias, nos transportam para um tempo mítico de um Portugal em formação.
São ainda obscuras as origens da fortaleza. Ao que tudo indica, a sua posição dominante em relação à extensa lagoa a ocidente, favoreceu a instalação de um primitivo reduto fortificado de origem romana. A Alta Idade Média não deixou vestígios aparentes da sua presença, e será, apenas, na viragem para o século XII que Óbidos voltará a merecer referências documentais precisas. No mesmo impulso expansionista que levou as fronteiras de Portugal até à linha do Tejo, em 1147, a vila passou para a posse de D. Afonso Henriques, ficando para a posteridade uma tradição de tenaz resistência por parte dos muçulmanos (PEREIRA, 1988, pp.19-21). Anos mais tarde, na sequência das investidas almóadas de final do século, coube a D. Sancho I reconquistar a localidade, dotando-a, então, de condições mais efectivas de povoamento e de organização.
1210 é uma das datas mais marcantes da vila. Nesse ano, foi doada às rainhas, passando a figurar como uma importante localidade da casa das soberanas nacionais. Com presença assídua dos casais régios ao longo das Idades Média e Moderna, Óbidos floresceu e foi sucessivamente enriquecida por obras de arte. O mecenato artístico patrocinado por D. Leonor (século XV) e, especialmente, por D. Catarina (século XVI), marca, ainda hoje, a paisagem arquitectónica da vila.
O castelo e as muralhas de Óbidos evocam a importância da localidade na Baixa Idade Média. Apesar de, em grande parte, serem obra inventiva do século XX, asseguram a todos os que se dirigem à vila a identidade daquele passado emblemático. Desconhecemos a configuração do perímetro amuralhado inicial, contemporâneo da acção dos nossos primeiros monarcas. A torre do Facho, no limite Sul das muralhas e ocupando um pequeno monte, tem vindo a ser atribuída à reforma de D. Sancho I, mas a verdade é que os vestígios materiais inviabilizam uma análise mais pormenorizada. A ser assim, a ligação deste espaço ao monte do castelo ter-se-á dado logo no século XII.
Mais consensual é a expansão urbana verificada na viragem para o século XIV. Com D. Dinis, Óbidos cresceu para fora das muralhas, ocupando o espaço em torno da igreja de São Pedro (SILVA, 1994, p.23). Paralelamente, deu-se a reforma do sistema defensivo, e consequente actualização do dispositivo militar, campanha que deverá ter conferido a actual configuração ao perímetro amuralhado. Anos mais tarde, D. Fernando terá patrocinado novas obras, tendo a torre de menagem ainda o seu nome.
Dividido em duas zonas essenciais (o castelejo, onde séculos mais tarde se instalou a Pousada, e o bairro intra-muros), a cerca define um perímetro bastante irregular, de feição rectangular e não oval, como seria mais frequente na castelologia gótica nacional. Entre o castelo propriamente dito (a Norte) e a Porta da Vila (a Sul), a Rua Direita estabelece a comunicação e aparece como o eixo de circulação privilegiado dentro da vila. Sensivelmente a meio, a Praça de Santa Maria é o principal largo do conjunto, ocupando um espaço quadrangular que corresponde ao adro da igreja tutelar da vila.
A reinvenção do castelo deu-se na década de 30 do século XX. Por acção da DGEMN, que visava reverter o conjunto à sua imagem medieval, todos os parapeitos foram dotados de ameias, assim como se reedificaram torres e troços que, entretanto, haviam sido destruídos. No final dos anos 40, construiu-se a pousada, no local do antigo paço, e toda a vila foi dotada de uma homogeneidade estética que passou pelo revestimento de cal das fachadas e pelo pavimento uniforme de todas as ruas.
[Fonte: PAF - DGPC].



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Janela Manuelina [Palácio Nacional de Sintra] - Sintra (Portugal).


Nascido da vontade de um rei e do génio criativo que se vivia em Portugal no século XVI, a arte manuelina é uma expressão artística genuinamente portuguesa.
Os Descobrimentos trouxeram grande riqueza e conhecimento a Portugal. Nessa época, os navegadores portugueses deram a conhecer ao mundo civilizações longínquas e muitos artistas estrangeiros vieram trabalhar no país. Desse encontro de culturas nasceu o manuelino, uma interpretação muito específica do gótico, em termos de estrutura arquitetónica e de decoração. É possível identificar um conjunto de ornamentos e uma combinação de símbolos que apenas se encontram em Portugal. O estilo surgiu durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521) mas o nome só foi adotado no século XIX para designar esse espírito criativo.
A Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos são um ex-libris, mas em todas as obras construídas na época facilmente se descobre a Esfera Armilar e a Cruz de Cristo. São os símbolos pessoais do rei e o reflexo do poder temporal e espiritual que ambicionava. Muitos outros símbolos terrenos e religiosos foram adotados e decoraram com exuberância a arquitetura gótica como ramos e folhagens, cordas torcidas e estranhas formas marinhas, minuciosamente esculpidos na pedra. Era o marketing da época.
No Mosteiro de Jesus, em Setúbal, encontramos os primeiros exemplos, mas é nas obras do Mosteiro da Batalha e do Convento de Cristo, em Tomar, que nos maravilhamos com o manuelino e onde se revelam todos os segredos da mensagem do rei.
Sintra é uma surpresa. O Palácio da Vila, onde D. Manuel I viveu, revela o seu fascínio pela arte mudéjar que se combinou na perfeição com o novo estilo. No romântico Palácio da Pena, somos surpreendidos com a visão revivalista do manuelino, surgida no séc. XIX.
Ao viajar pelo país temos de estar atentos. Um portal, uma janela geminada, uma pequena igreja ou outros pormenores que se encontram nos edifícios mais antigos vão dar a conhecer o génio da arte manuelina.
[Fonte: Turismo de Portugal].



Foto de fulviusbsas.



Palheiros da Costa Nova - Costa Nova do Prado, Ílhavo (Portugal).


A praia da Costa Nova do Prado, também conhecida apenas por Costa Nova, situa-se na costa ocidental de Portugal, na linha de costa da ria de Aveiro. Administrativamente fica no município de Ílhavo, tal como a praia da Barra, e na zona turística Rota da Luz / Região Centro.
Teve a sua origem na abertura da barra da ria no ano de 1808. A designação deve-se a dois factos. O primeiro, "Costa Nova", em oposição à "Costa Velha"(São Jacinto). Em segundo lugar deve-se ao facto de neste local, ter existido um enorme e verdejante prado.
É uma das excelentes praias portuguesas para a prática de desportos náuticos, possuindo um clube de vela. É frequente ver imensos praticantes de windsurf, kite e outros desportos semelhantes.
O ex-libris desta praia são os "palheiros" - casas pintadas com listas verticais intercaladas com cores vivas e alegres.



+Foto de autor não identificado+



Praia do Monte Clérigo [Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina] - Aljezur, Algarve (Portugal).


A Praia do Monte Clérigo é uma praia no concelho de Aljezur e faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Dista cerca 9 km da sede do concelho, sendo uma das mais conhecidas e frequentadas da região. É comprida com uma água limpa e fresca. Rochas grandes com caranguejos.
Com uma extensão muito grade de areal para o lado norte e com uma extensa parte rochosa a sul, local onde podemos observar diversa vida marinha na baixa-mar desde estrelas-do-mar, caranguejos, camarões, lapas e polvos nas fendas das rochas, vários cardumes juvenis de peixe também é possível ver principalmente de sargos. Há uma parte onde se forma uma pequena lagoa onde se pode encontrar peixes-aranha há que ter muito cuidado.
Esta praia é boa para as crianças e também adultos, pois com maré muito baixa formam-se imensas piscinas. Apesar de esta praia ser algo aberta aos ventos vindos do norte e oeste, nos seus topos já muito abrigados.Entre a estrada e o mar existe um vasto campo dunar. Junto à praia lado sul, existe uma povoação pequena que serve sobretudo a época balneária.
Também muito procurada pelos desportos radicais que proporciona, existem escolas de surf.
O acesso à praia pelo lado norte proporcionamos uma das mais belas vistas panorâmicas que podemos observar em praias de Aljezur. O acesso a esta praia faz-se, na entrada sul de Aljezur, estrada nacional 120, a cerca de 7 km deste cruzamento fica a praia. A orientação é noroeste.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



Foto de Joe Daniel Price.



Janela da Sala do Capítulo [Convento de Cristo] - Tomar (Portugal).


A Nave manuelina, tanto internamente como exteriormente, é guarnecida de uma profusa ornamentação escultórica simbólica, heráldica e sacra. Todos os elementos arquitectónicos, cimalha, pináculos, contrafortes, janelas, etc., são envoltos numa profunda plasticidade que os temas figurativos lhes conferem, a ponto de dissimularem as suas funções arquitectónicas e estruturais.
O caso mais emblemático deste tratamento formal, são as janelas da sacristia manuelina dita "Casa do Capítulo". Inicialmente em número de três, chegaram aos nossos dias duas: Uma, em segunda luz, virada a sul, é visível do Claustro Principal, a outra, na fachada ocidental, é a famosamente conhecida por Janela do Capítulo.
Ladeada por dois gigantescos contrafortes, ou botaréus, esta janela é ornada por um exuberante universo figurativo onde estão presentes os temas de marinhagem - a madeira, o cordame, as bóias, etc., - as insígnias da Ordem - a cruz heráldica, esfera armilar, o brasão do reino, - e figurações simbólicas, particulares à mística da Cavalaria Espiritual e à missão que a Ordem de Cristo tinha na empresa das Descobertas.
[Fonte: Convento de Cristo].



Foto de lo lo/MrLo37 / Flickr.



Castelo de São Jorge – Lisboa (Portugal).


Declarado Monumento Nacional em 1910, pouco antes da implantação da República, o Castelo de São Jorge ergue-se na mais alta colina de Lisboa e foi desde muito cedo um espaço aprazível para a ocupação humana, datando do século II a.C. a primeira fortificação conhecida.
Intervenções arqueológicas permitiram registar testemunhos de ocupação desde pelo menos o século VI a.C.. Fenícios, Gregos, Cartaginenses, Romanos e Muçulmanos por aqui passaram.
O Castelo sofreu importantes intervenções de restauro na década de 1940 e no final da década de 1990, que tiveram o mérito de reabilitar o monumento, actualmente um dos locais mais visitados pelo turista na cidade de Lisboa.
O monumento oferece aos visitantes os jardins e miradouros de onde se pode observar a cidade em todo o seu esplendor, um espectáculo multimédia (Olisipónia), uma câmara escura (Torre de Ulisses – viagem de 360º sobre Lisboa), espaço de exposições, sala de reuniões/recepções (Casa do Governador) e loja temática.



Foto de José M.F. Almeida.



Fonte Norte da Praça Dom Pedro IV [ou Rossio] – Lisboa (Portugal).


Esta é a fonte virada a Norte de duas fontes monumentais do Rossio, que se encontram a ladear, de forma simétrica, o monumento a D. Pedro IV, e que vieram substituir dois poços existentes nesta praça desde 1837. Inaugurada em 1889, esta fonte, que exibe esculturas de ferro bronzeado, obra de artistas franceses, foi trazida de Paris. O módulo central da fonte caracteriza-se por apresentar um grupo escultórico bastante elaborado, coroado por quatro peixes, que vertem água para uma taça circular de pequena dimensão, a qual transborda para uma segunda taça, localizada num nível inferior, esta octogonal e de maior dimensão, que, por sua vez, transborda para um lago circular existente na base, onde quatro figuras, que representam sereias, funcionam como repuxo direccionado para a taça maior. Este elemento integra a Lisboa Pombalina, que está classificada como Conjunto de Interesse Público.
[Fonte: Câmara Municipal de Lisboa].



+Foto de autor não identificado+



Praia do Malhão - Vila Nova de Milfontes, Odemira (Portugal).


Entre Vila Nova de Milfontes e Porto Covo, numa região recheada de belas praias e da pacatez típica do Alentejo, a Praia do Malhão conquista as preferências de muitos veraneantes que optam pela privacidade do seu extenso areal, tão vasto que se divide em três partes distintas: a norte é extenso e pontuado por grandes dunas. A sul encontra um espaço amplo, protegido por uma encosta de rochas, aqui conhecidas como galés. Entre estas duas, formaram-se três pequenas praias mais protegidas dos ventos constituídas por belas formações rochosas. A arena fina e branca completa o cenário idílico desta praia e convida a uma prolongada e agradável caminhada.


+Foto de autor não identificado+



Praia da Arrifana - Aljezur, Algarve (Portugal).


Localizada na pequena povoação piscatória da Arrifana, esta praia insere-se numa zona de elevada importância ecológica e rara beleza natural.
Protegida por altas arribas xistosas, forma uma espécie de pequena baía, sendo por isso a praia menos batida pelo vento e pela forte rebentação das ondas.
No topo sul desta praia marca presença uma negra e enorme rocha vertical no mar, a fazer lembrar uma estátua gigantesca, aqui denominada de "Pedra da Agulha", que se tornou um ícone da costa sudoeste.
Nas arribas que envolvem a praia, encontram-se habitats prioritários, como formações de Cistus palhinhae em charneca marítima, espécie de flora com estatuto de ameaça vulnerável e endemismo ibérico.
Estas arribas constituem também zona de nidificação para diversas espécies de avifauna, sendo uma das espécies mais comuns a Cegonha-branca (Ciconia ciconia). Em situação única no mundo, é aqui que encontramos os seus ninhos sobre as arribas marítimas ou em rochedos junto à costa - os palheirões.
A norte da praia, junto à Fortaleza da Arrifana desfruta-se das mais belas panorâmicas da Costa Vicentina.
Mais a norte, na Ponta da Atalaia, famosa pelos seus percebes, existem vestígios do maior Ribat muçulmano da Península Ibérica, um convento-fortaleza de grande valor arqueológico.
[Origem:  7 Maravilhas de Portugal].



+Foto de autor não identificado+



Abóbada da Igreja de Sta. Maria de Belém [Mosteiro dos Jerónimos] - Lisboa (Portugal).


A Igreja apresenta uma planta em cruz latina, composta por três naves à mesma altura (igreja salão), reunidas por uma única abóbada polinervada assente em seis pilares de base circular.
Quando se entra, encontram-se os túmulos de Vasco da Gama (sub-coro esquerdo) e de Luís de Camões (sub-coro direito), ambos do século XIX, do escultor Costa Mota (tio). Continuando, na parede norte, podem apreciar-se os confessionários e, no lado sul, os janelões decorados com vitrais da autoria de Abel Manta e execução de R. Leone (já do século XX).  
A abóbada do cruzeiro cobre, de um só voo, uma largura de 30 metros. Representa "a realização mais acabada da ambição tardo medieval de cobrir o maior vão possível com o mínimo de suportes" (Kubler). Neste espaço livre, em que se encontra toda a simbologia régia, a profusão de ornatos atinge o seu auge.
No braço esquerdo do transepto estão sepultados os restos mortais do Cardeal-Rei D. Henrique e os dos filhos de D. Manuel I. No braço direito do transepto encontra-se o túmulo do Rei D. Sebastião e dos descendentes de D. João III.
[Fonte: Mosteiro dos Jerónimos].



Foto de Bert Kaufmann.



Ria de Aveiro - Aveiro (Portugal).


A Ria de Aveiro é composta por uma enorme diversidade de habitats que a compõem, tais como, Estuário ou rio, Banco de areia, sapal, praia ou duna, lagoa de água salobra ou doce. Sendo esta também com a Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto e com uma fauna e flora diversificada, que a torna um dos mais conhecidos recursos naturais portugueses.
Esta abriga uma diversidade de habitats, o que lhe concede uma importância ecológica.
Sendo as águas livres, habitat de uma variada fauna piscícola, existindo nelas numerosas espécies de algas, que serve também de alimento para certas aves.
Os terrenos agrícolas, que na sua maioria cultivasse arroz e milho, são onde se refugia uma importante população de animais marítimos.



+Foto de autor não identificado+



Pateira de Fermentelos - Águeda (Portugal).


A Pateira, comummente designada como Pateira de Fermentelos, destaca-se naquele que é o contexto natural regional, nacional e mesmo internacional. Aquela que é a “maior lagoa natural da Península Ibérica” assume grande importância para o equilíbrio dos sistemas naturais da zona, pelo que representa para as populações locais, num contexto natural, socio-económico e turístico, mas também pela importância que assume a nível nacional e internacional, como área sensível e importante zona húmida da REDE NATURA 2000.
É nesta área, bem como nos habitats e ecossistemas associados, que subsistem várias espécies com estatutos de protecção a nível nacional e internacional. Apesar de nos últimos anos ter sido alvo de diversos problemas de cariz ambiental, a Pateira está actualmente em fase de requalificação ambiental e paisagística. 



+Foto de autor não identificado+



Mosteiro de Santa Maria da Vitória [ou Mosteiro da Batalha] - Batalha, Leiria (Portugal).


Monumento memorial da batalha de Aljubarrota e panteão régio, cuja construção teve início em finais do século XIV com o patrocínio de D. João I, o Mosteiro dominicano da Batalha é o mais significativo edifício do gótico português. As suas vastas dependências constituem hoje um excelente exemplo da evolução da arquitectura medieval até ao início do século XVI, desde a experiência inédita do tardo-gótico à profusão decorativa do manuelino.


Foto de Waugsberg.



Casas típicas de Santana – Santana, Madeira (Portugal).


Santana é considerada uma das freguesias mais pitorescas e características da Ilha da Madeira, não só pelas suas majestosas paisagens florestais, constituídas em grande parte pela Floresta Laurissilva, classificada como património da humanidade, como também pelas suas casas de colmo.
As casas tradicionais de colmo são habitualmente consideradas as típicas casas de Santana e são amplamente divulgadas, por todo o mundo, em cartazes turísticos promocionais.
Calcula-se que as casas de colmo sejam vestígios das construções primitivas, feitas de madeira e de colmo e que se encontravam por toda a ilha. A plantação e boa produção dos cereais e madeira permitiam ao homem recorrer, nesses tempos, a estes meios para construir as suas habitações.
Tecnicamente, esta construção poderá ser designada de casa de empena, em forma de V invertido, no qual o colmo atinge, em alguns casos, o nível do solo.
Estas casas têm três tipos de construção: as casas de empena de fio, casas de empena de meio fio e casas de quatro águas.
As casas de fio têm a empena (frontispício) triangular e são cobertas de restolho desde a cumeeira até ao solo, formando duas águas. Estas eram compostas por um sótão onde se guardam produtos agrícolas e por um piso térreo, geralmente área habitacional,  que se encontrava dividido em duas partes separadas por um frontal. O acesso ao sótão fazia-se normalmente através de uma escada de pôr ou de encosto
Além das casas de palha com paredes de pedra, em Santana também chegaram a ser construídas casas de palha com paredes de madeira. As casas de palha com paredes de madeira, em certas circunstâncias, poderiam ser transportáveis, para mudar de sítio ou apenas para nivelar.
As casas de fio apoiavam as traves directamente no chão, enquanto que as de meio fio eram mais "modernas", assentavam a sua cobertura sobre uma estrutura de pedra previamente construída para o efeito.
Tanto as casas de fio como as de meio fio dispõem de uma empena e nela encontram-se a porta e duas janelas pequenas com os tapados normalmente verdes ou azuis. Nalgumas casas podemos ver o sótão com acesso exterior (o caso das casas de dois pisos).
As casas de palha têm de ser "abafadas" de cinco em cinco anos conforme a qualidade do restolho e o tempo.
Para restolhar/abafar a casa utiliza-se a palha de trigo barbelho de pragarra por ser o mais duradoiro.
No abafamento ou restolhar das casas de palha são necessários quatro homens, com experiência, que desempenham tarefas diferentes, mas encadeadas. São necessários cerca de vinte e quatro a vinte e seis "maranhos" de palha de trigo e oito dúzias de varas.
[Origem: Junta de Freguesia de Santana].



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Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra - Coimbra (Portugal).


A Biblioteca Joanina é uma biblioteca do século XVIII situada no Palácio das Escolas da Universidade de Coimbra, no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Apresenta um estilo marcadamente rococó, sendo reconhecida com uma das mais originais e espectaculares bibliotecas barrocas europeias. Além de local de pesquisa de muitos estudiosos, o espaço é ainda frequentemente utilizado para concertos, exposições e outras manifestações culturais.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



+Foto de autor não identificado+



Palácio de Mateus – Mateus, Vila Real (Portugal).


Construído no século XVIII pelo 3º Morgado de Mateus, António José Botelho Mourão, o Palácio de Mateus (Casa ou Solar de Mateus) é um dos maiores exemplos da arte barroca no norte de Portugal. A construção deste solar setecentista é atribuído ao arquiteto italiano Nicolau Nasoni e as obras terão sido concluídas por volta de 1750. A fachada principal é o ex-líbris do Palácio de Mateus, com as cimalhas curvas, frontões, pináculos e estatuárias barrocas, mas impõe-se também uma visita aos restantes espaços da casa, com especial destaque para a capela, a adega e a biblioteca. No exterior os imensos jardins de bucho arranjados e o túnel de cedros que cobre a escadaria nascente são igualmente dignos de uma visita, sendo também paragem obrigatória o lago principal do palácio, um espelho de água que reflete a imagem da casa e onde desde 1981 “dorme” uma escultura de Cutileiro mesmo ao centro.


+Foto de autor não identificado+



Santuário de Santa Luzia - Viana do Castelo (Portugal).


O Santuário de Santa Luzia Erica, também referido como Santuário do Monte de Santa Luzia, Basílica de Santa Luzia, Templo de Santa Luzia e Templo do Sagrado Coração de Jesus, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Um dos "ex libris"" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic.
A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do padre António Martins Carneiro, com projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra.
A última etapa da sua construção, sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Cœur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima.
Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943.
Desde 1923 o santuário é servido pelo Elevador de Santa Luzia.
O santuário compreende ainda o "Núcleo Museológico do Templo-Monumento de Santa Luzia", constituído por uma sala na parte inferior da basílica. O acervo é constituído por talha, imagens, azulejos, e outros.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



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Lagoa das Sete Cidades - Sete Cidades, ilha de São Miguel, Açores (Portugal).


A Lagoa das Sete Cidades localiza-se no fundo da caldeira das Sete Cidades, na freguesia de mesmo nome, na ilha de São Miguel, nos Açores.
A caldeira foi formada por colapsos sucessivos de dois relevos que a circundam, e tem um diâmetro de cerca de 5 km e profundidade máxima de 400 metros. Constitui-se numa das maiores caldeiras de abatimento do arquipélago. Os seus bordos apresentam, em sua maior parte, vertentes muito inclinadas.
Inscreve-se em uma área de montanha de relevo bastante acentuado, com falésias interiores, profundas ravinas e sulcos em cujos leitos correm águas torrenciais. O Pico das Éguas, com 873 metros de altitude, é a maior elevação desta zona.1 A zona inclui uma área urbana, terrenos agrícolas e maciços florestais de produção de criptoméria.
É uma área importante em termos de endemismo, conservando vestígios da vegetação primitiva do arquipélago, com destaque para o cedro-do-mato ("Juniperus brevifolia"), o "Chaerophyllum azoricum", a angélica ("Angelica lignescens"), o azevinho ("Ilex perado ssp. azorica"), a "Tolpis azorica", o queiró ("Daboecia azorica"), a urze ("Erica azorica"), a "Lysimachia azorica", a uva-da-serra ("Vaccinium cylindraceum"), o folhado ("Viburnum tinus ssp. subcordatum"), a "Cardamine caldeirarum", as margaridas ("Beilis azorica"), assim como os musgos "Breutelia azorica", "Campylopus azoricus" e "Grimmia tricophylla ssp. azorica".
Representa também uma importante zona de passagem para aves migratórias, muitas das quais em perigo de extinção. Encontram-se igualmente aves endémicas dos Açores, como o pombo-torcaz-dos-Açores ("Columba palumbus azorica"), o melro-preto ("Turdus merula azorensis") e a estrelinha ("Regulus regulus azoricus").
Nas águas das lagoas da região encontram-se várias espécies de peixes introduzidas pelo Homem, como por exemplo a carpa ("Cyprinus carpio"), o lúcio ("Esox lucius"), a perca ("Perca fluviatilis"), o ruivo ("Rutílus rutílus") e a truta ("Salmo iridens gibrons").
A lagoa das Sete Cidades constitui-se no maior reservatório natural de água doce de superfície dos Açores, ocupando uma vasta área que chega aos 4,35 quilómetros quadrados, com uma profundidade de 33 metros.
Caracteriza-se pela dupla coloração das suas águas, sendo dividida por um canal pouco profundo, atravessado por uma ponte baixa que separa de um lado um espelho de águas de tom verde e, do outro, um espelho de tom azul.
Essas características, e a beleza da paisagem envolvente, deram lugar a que surgissem belas lendas sobre a sua origem e formação, inclusive a que a liga ao mito da Atlântida.
A lagoa, bem como a sua zona envolvente, encontra-se classificada como Paisagem Protegida
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].


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Castelo de Almourol - Vila Nova da Barquinha, Santarém (Portugal).


O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, em Portugal, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.
Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).



+Foto de autor não identificado+



Poço Iniciático [Quinta da Regaleira] - Sintra (Portugal).


A Quinta da Regaleira constitui um dos mais surpreendentes monumentos da Serra de Sintra. Situada no termo do centro histórico da Vila, foi construída entre 1904 e 1910, no derradeiro período da monarquia.
Os domínios românticos outrora pertencentes à Viscondessa da Regaleira, foram adquiridos e ampliados pelo Dr. António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920) para fundar o seu lugar de eleição. Detentor de uma fortuna prodigiosa, que lhe valeu a alcunha de Monteiro dos Milhões, associou ao seu singular projecto de arquitectura e paisagem o génio criativo do arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936) bem como a mestria dos escultores, canteiros e entalhadores que com este haviam trabalhado no Palace Hotel do Buçaco.
Homem de espírito científico, vastíssima cultura e rara sensibilidade, bibliófilo notável, coleccionador criterioso e grande filantropo, deixou impresso neste livro de pedra a visão de uma cosmologia, síntese de memória espiritual da humanidade, cujas raízes mergulham na Tradição Mítica Lusa e Universal. A arquitectura e a arte do palácio, capela e demais construções foram cenicamente concebidas no contexto de um jardim edénico, salientando-se a predominância dos estilos neo-manuelino e renascentista.
O jardim, representação do microcosmo, é revelado pela sucessão de lugares imbuídos de magia e mistério. O paraíso é materializado em coexistência com um inferius – um dantesco mundo subterrâneo – ao qual o neófito seria conduzido pelo fio de Ariadne da iniciação.
Concretiza-se com estes cenários a representação de uma viagem iniciática, qual vera peregrinatio mundi, por um jardim simbólico onde podemos sentir a Harmonia das Esferas e perscrutar o alinhamento de uma ascese de consciência que viaja pelas grandes epopeias. Nele se vislumbram referências à mitologia, ao Olimpo, a Virgílio, a Dante, a Camões, à missão templária da Ordem de Cristo, a grandes místicos e taumaturgos, aos enigmas da Arte Real, à Magna Obra Alquímica. Nesta sinfonia de pedra revela-se a dimensão poética e profética de uma Mansão Filosofal Lusa. Aqui se fundem o Céu e a Terra numa realidade sensível, a mesma que presidiu à teoria do Belo, da Arquitectura e da Música, que a concha acústica do Terraço dos Mundos Celestes permite propagar pelo infinito.
[Fonte: Quinta da Regaleira].



Foto de Joe Daniel Price.



Palácio Nacional da Pena – Sintra (Portugal).


Constitui o mais completo e notável exemplar de arquitectura portuguesa do Romantismo. Edificado a cerca de 500 metros de altitude, remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885), adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete. Para dirigir as obras, chamou o Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera para construir este notável edifício. Extremamente fantasiosa, a arquitectura da Pena utiliza os "motivos" mouriscos, góticos e manuelinos, mas também o espírito Wagneriano dos castelos Schinkel do centro da Europa. Situado a 4,5 Km do centro histórico.


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Rio Douro - Alto Douro Vinhateiro (Portugal).


Em Dezembro de 2001, a UNESCO elevou o Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade. Um título, atribuído por unanimidade, que premiou a Região vinícola demarcada mais antiga do mundo, decretada pelo Marquês de Pombal, em 1756. Região única por reunir as virtudes do solo xistoso e da sua exposição solar privilegiada com as características ímpares do seu microclima em conjunto com o trabalho árduo do homem do Douro.
A sua Paisagem evidencia três aspectos principais: o carácter único do território, a relação natural da cultura do vinho com a oliveira e a amendoeira e a diversidade da arquitectura local. Para além destes aspectos, a candidatura destacou o trabalho notável realizado pelo homem na construção de muros em xisto que prolongam as encostas e, sobretudo, a autenticidade e integridade da paisagem cultural.



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Castelo de Bragança - Bragança (Portugal).


A história medieval de Bragança é a história da tentativa de instituição de um centro regional dominante na mais periférica zona do reino. Ao que tudo indica, este processo iniciou-se com D. Sancho I, monarca que se preocupou em efectivar uma estreita proximidade entre poder régio e a família dominante do Nordeste, com vista a uma maior autoridade real na região brigantina. É neste contexto que se explica a fundação da cidade de Bragança (1187), e as primeiras doações destinadas à sua fortaleza (Março de 1188) (GOMES, 1993, pp.174-175).
Infelizmente, estamos muito mal informados acerca da primitiva cerca defensiva aqui realizada, pois a grande obra militar de Bragança deu-se já a caminho para o final da Idade Média. De acordo com os estudos de Paulo Dórdio Gomes, o interior da cidadela revela, ainda, parte da sua organização viária sanchina, "segundo dois eixos principais que confluem para a Porta da Vila", dispondo-se, entre eles, "blocos trapezoidais contendo séries de lotes com edifícios e quintais" (GOMES, 1993, p.177).
Um século depois, no reinado de D. Dinis, teve lugar uma primeira reforma do castelo. À semelhança da primitiva obra, também estamos mal informados sobre este momento, mas, a crer na documentação subsistente, ele deverá ter tido algum impacto na fortaleza românica, especialmente ao nível de um primeiro amuralhamento exterior, de carácter já gótico.
A grande campanha militar da cidade, e que, ainda hoje, se institui como marca visual dominante na imensa paisagem brigantina, teve lugar no reinado de D. João I, no contexto de afirmação da nova dinastia. Uma magnífica torre quadrangular, de dois andares, com torreões circulares nos vértices, é a inconfundível marca desta campanha, a que se junta uma cintura de muralhas igualmente dotada de torreões circulares, que rodeia um espaço rectangular irregular. Este núcleo principal, de características estéticas únicas entre nós, foi já explicado à luz de uma provável influência inglesa, posterior à chegada do Duque de Lancaster (CARVALHO, 1995 cit. JACOB, 1997, p.70). A datação para o conjunto parece confirmar esta hipótese, uma vez que a esmagadora maioria dos autores que se referiram a este castelo coincidem numa cronologia pelas primeiras décadas do século XV, muito alargada (cerca de trinta anos).
Datará, também, desta época a construção de uma segunda linha de muralhas, que teve por objectivo proteger o principal bairro dos arrabaldes, conjunto eminentemente comercial e em franco desenvolvimento ao longo dos séculos XIV e XV. A cerca interior, que define o espaço intra-muralhas, apresenta uma planta quase circular, revelando a racionalidade e o carácter radiocêntrico do projecto, onde os eixos viários confluem para o centro (JACOB, 1997, p.26). Na secção Norte desta muralha, a Torre da Princesa evoca antigas lendas românticas, estatuto oitocentista reforçado pelas ruínas anexas do paço do governador.
Os últimos séculos pautaram-se pela progressiva degradação e, em certos casos, desmantelamento das muralhas e da estrutura defensiva medieval. Logo no século XVII, no contexto das Guerras da Independência, retiraram-se muitas ameias, para dotar os caminhos de ronda de peças de artilharia. Em 1800, uma significativa parte da secção nascente das muralhas foi aproveitada para a construção de um quartel de infantaria.
O restauro foi realizado na década de 30 do século XX, altura em que a criação da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) veio inverter a ruína de numerosos monumentos em todo o país. Como a maioria dos restauros efectuados por esta instituição, o plano não se limitou a uma consolidação do edificado, mas sim a uma reinvenção e re-monumentalização do conjunto. Assim se explica a construção de ameias em toda a cerca, a demolição do quartel oitocentista, a reposição de troços de muralhas e o desafogamento dos muros de inúmeras construções privadas que, ao longo dos tempos, a eles se foram adossando.
[Fonte: PAF - DGPC].



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